terça-feira, 16 de abril de 2013

DOS JUÍZES DAS NOSSAS COMARCAS...E DOS PROMOTORES?...


Dos Juízes das nossas comarcas...E dos promotores?...

            Consternados lemos as notícias que circulam nos jornais do nosso estado sobre o comportamento antiético do juiz da comarca de Pão de Açúcar.E passamos a refletir sobre a postura de profissionais que deveriam ser modelos de discrição, ética e comportamento exemplar e como sempre fazemos uma viagem de volta ao passado.
“O Tribunal de Justiça decide, na próxima terça-feira (9), o destino do juiz Galdino José Amorim Vasconcelos, da comarca de Pão de Açúcar. Ele está afastado das funções desde o ano passado, quando o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Ivan Vasconcelos Brito Júnior, concluiu que Galdino favoreceu juridicamente o prefeito de Palestina, Júnior  Alcântara.

Segundo o corregedor eleitoral, o juiz e o prefeito tomavam uísque na beira da piscina e o magistrado recebeu R$ 50 mil de uma coligação para liberar um veículo apreendido em flagrante de corrupção eleitoral. Ainda de acordo com a sentença, que teve investigações levadas adiante pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), há informações que o magistrado teria recebido mais R$ 150 mil para extinguir uma ação de impugnação de mandato eletivo, que pode cassar o mandato de um político.

“Todos na cidade falam de forma escancarada que, mesmo diante de vários desmandos administrativos e inúmeras ações em face do Município, nada de mau poderá acontecer ao atual Prefeito Municipal, Júnior Alcântara, uma vez que o Dr. Galdino engaveta todas as ações”, detectou o Gecoc.

FONTE: http://www.extralagoas.com.br/noticia/8826/esta-semana-nas-bancas/2013/04/04/tj-julga-na-terca-juiz-acusado-de-corrupco.html


            Crescemos, sabendo ser o Juiz de uma cidade a figura de maior respeito e dignidade da cidade, onde seria um reflexo de postura de cidadania para todos os munícipes. Era uma figura que fazia tal como o médico de nossa família parte do nosso imaginário infantil. Chegavam em nossas cidades, com suas famílias e aqui fincavam suas raízes...Não me lembro de haver conhecido Dr. Ariston Padilha, pai da nossa desembargadora Nelma Padilha, que aqui trabalhou como Juiz e sua esposa D. Midinha foi professora em nosso velho e extinto Grupo Escolar Bráulio Cavalcante e colega da minha mãe. Seus filhos estudaram nessa tradicional escola pública e brincaram  por nossas ruas seculares.A minha memória cansada vem a lembrança do Dr. Telmo Gomes , cuja esposa também lecionou em nosso Grupo Escolar.E sem esquecer do nosso Dr. Benedito, com sua esposa Corália,seus filhos, morando por tantos anos na R. Cel. Manoel Antonio Machado na casa que antes havia morado Dr. Heitor. Do saudoso Dr. Átila Pinto Machado, nem é bom falar... Precisaria escrever um tratado sobre o seu trabalho e intransigência desmedida.... Para mim, iniciante na profissão foi um verdadeiro professor... Nelma Padilha também foi nossa juíza. E como seu pai, aqui trouxe o seu pequeno núcleo familiar. Os Juízes interioranos tinham um compromisso de residir na comarca com suas famílias.
Dos promotores me reporto àquele que fez história jurídica em nossa cidade. Francisco Araujo Dantas fez na promotoria o seu tratado de fé e honestidade além dos seus pareceres jurídicos que decerto continuarão a nortear  a quem deles  necessitar... Dr. Max Martins, um talentoso promotor que muito fez na nossa comarca também deixou marcas profundas e ainda hoje o seu nome é um referencial de competência e dedicação.... Outros que o sucederam, não os conheci, devido a sua permanência e durabilidade imprevisível na comarca.
            Conheço um determinado Juiz que expôs o seu casamento em risco ao querer residir com a família na sua comarca e os seus esforços foram em vão. O casamento acabou. Mas ele continua morando na comarca onde mais trabalha.Encontrou uma mulher que não faz questão das facilidades da capital.
Mas conheço também juízes que alegavam a necessidade de residir na capital onde seus filhos teriam melhores colégios, estudariam balé e caratê. E as mulheres precisavam fazer suas academias...Só que, quando se procurava por estes Juízes, a casa que eles alugavam, estava fechada...Nunca participavam da vida comunitária... Nem um final de semana na cidade Seus filhos não se misturavam com os nossos e não se respeitava o preceito de  morar na comarca.
Se fizermos um comparativo de quanto ganha um Juiz com um professor, vemos a diferença gritante... Mas muitos queriam receber determinadas compensações financeiras  da prefeitura para ser juiz de interior: tanques de gasolina, aluguel de casa, secretárias.E os professores sobrevivem sem nenhuma ajuda pecuniária...
Um juiz, no Brasil, ganha entre 12.000 e 30 mil reais de salário, sendo 12.000 para juiz estadual em alguns estados, aproximadamente 20 mil reais para juízes federais e chegando a 30 mil reais para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A profissão de juiz é considerada a melhor entre as áreas do direito, pois tem os maiores salários, benefícios, estabilidade e maior poder.

Gostaríamos de estar comentando sobre as ações realizadas sobre os nossos juízes buscando tornar a vida da população para quem eles devem dedicação,bem mais segura, livre de drogas e  violência.

Mas, as exigências da vida moderna e do mundo globalizado passam a exigir do profissional uma vida glamorosa e requintada... Carro do ano, para a mulher e os filhos, motorista e uma vida de ostentação à base de bebidas destiladas importadas e piscinas paradisíacas...O apartamento tem que ser de cobertura ,ou uma casa em um condomínio fechado com muitas garantias de segurança. Então surge a necessidade de ganhar mais e mais... Uma pena. Esses Juízes com mania de grandeza também ficam doentes e morrem... Precisa-se de tão pouco para viver e ser feliz...



·          

Nenhum comentário: