Hoje estou escrevendo sobre
algo que fiquei ruminando por vários dias e sem encontrar palavras adequadas
para descrever determinadas situações que me vejo envolvida.
Tenho
poucos e raros amigos... Mas os poucos que tenho procuro conservar bem dentro
de mim, em um local muito especial, acreditando que,quem tem um amigo possui um
tesouro.E como os meus tesouros são raros, tenho uma dedicação muito exclusiva
.
Pois
bem, tenho uma amiga maravilhosa, companheira, confidente, generosa a quem devo
muitas atenções a atos de amor. Depois que descobri que estava doente, ela
esteve ao meu lado dando-me a maior força e me apoiando nas decisões tomadas. É
uma verdadeira amiga. Desde janeiro que me telefona convidando-me para ir
passar uns dias em sua casa, entretanto as pedras no caminho, dificuldades e
desencontros compromissos assumidos anteriormente me levaram a adiar a viagem.
No mês passado, após muita insistência concordei em ir, vez que se prontificava
a vir me buscar.
E com a mesma insistência que
requeria a minha presença, ela telefonou desconvidando. A filha queria ir à
mesma data com sua chefe e não havia como negar tal pedido. Até então eu
desconhecia essa palavra.E eu perguntei:
“Está me desconvidando?”
“Ao que ela retrucou:” como
dizer não a chefe da minha filha? “Você é minha amiga decerto vai me entender. Que
tal se você viesse e quando a visita chegasse eu a levasse para casa de sua
conterrânea?
“Não se preocupe, estou bem”
e tudo tem o seu tempo... E não sou um pacote, para me mandar sair para outra
casa”Afinal a minha amiga não me convidou e não tem tempo disponível para
receber visitas,pois trabalha muito.
Certo dia ela telefona muito
desapontada que a chefe que havia se convidado para ser sua hóspede havia
desistido.E que seria ótimo se eu fosse...Tudo estava preparado: Gastara todas
as suas economias para receber a chefe.Comida pronta já congelada, polpas variadas e sobremesas das
mais variadas espécies.Prataria polida, pratos de porcelana desentocados e casa
limpa, reluzente.
Fiquei pasma com a situação
que se apresentou até hilária aos meus olhos.Noites de inquietação associadas
ao nervoso de receber uma visitante tão ilustre que não se dignou dar um
simples telefonema para pedir uma desculpa: que a mãe havia feito uma extração
na unha do pé...
Aprendi a lição, pois as pessoas por mais que
a amemos são falíveis e não são perfeitas... No meu vocabulário mais uma
palavra: Desconvidar.
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