segunda-feira, 10 de março de 2008

IRREALIDADE



Na areia tostada

morena do sol

caímos dominados

por sentimentos não identificáveis.

*

Tinhas mãos serenas

olhar que infundia ternura

e tua voz era sopros de brisa

levado pelo vento.

*

E eu te amei

não aquele amor cego,

embriagador e violento.

Não...não amamos assim.

*

O meu corpo e o teu

se fundiram em um só.

Nossas mãos apertavam-se

mutuamente.

E eu fui tua

Tua.. só tua...

*

Eras o homem ideal

volatilizado de sonhos

personagem fictícia

do meu cérebro.

*

Eras a vida

na pulsação do teu peito.

Eras o calor

ávido e intenso

a percorrer todo o meu ser.

*

E amamos

amamos muito mesmo...

um amor irreal

sem sexo

havendo sexos.

*

E tu evaporaste-se

na densa neblina que

nos envolveu

deixando-me a marca

de um amor irreal.

**


Marcia Telma

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